O turno do Catarinense ficou em boas mãos

E o Figueirense, como já se previa desde a vitória no clássico da Ressacada, há duas rodadas, é o campeão do primeiro turno do Catarinense.
O caminho se abriu para o alvinegro, que não desperdiçou. Depois da derrota para a Chapecoense no Oeste, o Figueira, dado como carta fora do baralho (inclusive por este blogueiro, não me esquivarei), venceu as quatro partidas seguintes, e nelas marcou 15 gols.
Por outro lado, a Chapecoense, desde aquela que havia sido a quinta vitória em cinco jogos, não venceu mais (uma derrota e três empates). E o Avaí, que chegou a assumir a liderança e depois disso perdeu as três partidas seguidas.
Portanto, não há contestação à conquista alvinegra. E o técnico Branco, cercado de desconfiança desde que chegou, carimba o trabalho com um título (mesmo que de certa forma simbólico) logo de cara. Se não lhe garante paz, é no mínimo um bom indicativo.
Sobre o jogo decisivo, em Camboriú, pouco a acrescentar. O Figueira atropelou um frágil time da casa, como era de se imaginar. E mesmo que tivesse tido mais dificuldade, os adversários diretos não fizeram a parte deles.
Na Ressacada, o Avaí foi mal, desinteressado até. Perdeu com justiça para um aplicado Metropolitano, que se despediu do turno comerando sua primeira vitória na Capital e a surpreendente terceira colocação na tabela.
Não sei se Mauro Ovelha balança de fato, como ouço falar. Se sim, não concordo. Ele foi contratado para fazer um trabalho à longo prazo, com um elenco formado na maior parte por apostas. A não ser que, como desconfio, a diretoria trata desde o início o treinador como uma aposta que poderia ou não dar certo no Estadual. E, se desse, ficaria para a Série B.
O Metrô, que não tem nada com isso, vê o returno do Estadual sorrir para ele, como escrevo na minha coluna desta segunda-feira no Caderno de Esportes do Santa (publicarei ela aqui mais tarde). O time de Blumenau tem tudo para ficar com uma das vagas nas semifinais pelo índice técnico.
Quem também projeta um returno bem melhor é o Joinville. Neste domingo, vitória magra em um jogo sem muitos atrativos contra o Brusque, que com justiça foi parar na lanterna da competição. O JEC tem Lima agora artilheiro ao lado de Rafael Costa (ambos com oito gols) e um time que ganhou confiança. A conferir se vai manter o nível das últimas atuações a partir da primeira rodada do segundo turno, no meio de semana. Afinal, o tricolor entra com a obrigação de brigar pelo título ou, no mínimo, pela pontuação necessária para entrar pelo índice técnico. E as boas atuações do time coincidiram com a chegada de Argel, mas também com as rodadas em que o time não brigava mais por nada, sem pressão.
Criciúma e Chapecoense, que empataram no Heriberto Hülse, fecham o turno em baixa. O Verdão é vice-líder, é verdade, mas caiu fortemente de produção. O Tigre, por outro lado, em nenhum momento convenceu completamente. E com uma pontuação baixa até aqui, provavelmente vai precisar de um returno quase perfeito para chegar às semifinais. E não sei se o time, ainda com técnico indefinido, está pronto para isso.
O Atlético de Ibirama até tinha chances de título (bem remotas), mas acabou derrotado pelo Marcílio Dias, que, de técnico novo, enfim desencantou. O Marinheiro deixou uma boa impressão de que pode reagir (deixou a lanterna para o Brusque já). O time de Ibirama, apesar do tropeço, vai seguir na briga (por semifinal, sim) e pela vaga na Série D (briga direta com o Metrô) até o fim.
Por fim, o Camboriú termina o turno na classificação que projetou: a oitava, fora da zona de rebaixamento. Mas o crescimento do Marcílio deve preocupar o caçula do Estadual, que vai precisar roubar uns pontinhos de gente grande no returno pra não cair posições e, por consequência, de divisão. Já o Brusque... Esse, só um milagre daqueles salva.Fonte:Bolg do Braga
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