Que jogo! Não há outra coisa a dizer! A noite vivida pelos torcedores do Metropolitano foi intensa. De um intervalo onde todos sorriam, com feições tranquilas, a um final de partida tenso, como se o jogo dentro de campo fosse decidir suas vidas.
Início de jogo avassalador. O Metropolitano patrolou o campeão brasileiro da Série C em 20 minutos. Jogou sozinho. Chegou como quis e como não quis na área adversária. Com um futebol leve e veloz, envolveu com extrema facilidade a zaga do Joinville.
A partir dos 4-0 o Metrô aliviou. Desacelerou e passou a esperar o adversário no seu campo. Normal? Sim. O Joinville estava em sono profundo. Ficando com um time bem postado em campo, explorando contra-ataques letais, não haveria como o Metropolitano sequer sofrer a ameaça de um empate. Durante uns 10 minutos após o 4º gol, o Joinville continuava lento, dispersivo.
Aí o que era normal caiu no perigo. Diminuir o ritmo, esperar o adversário, tudo isso faz parte de um time cujo placar lhe favorece. Mas não precisava acordar o Joinville e chamá-lo pra cima. Toques de calcanhar, firulas, um precipitado e inadequado “olé”, enfim, uma série de bobagens começaram a inflamar o adversário, algo totalmente desnecessário – e perigoso, como veríamos mais tarde.
Os 15 minutos finais da 1ª etapa terminaram com Flávio fazendo três, quatro excelentes defesas. O Joinville estava acordando do sono, e muito mal humorado. O intervalo chegou, o torcedor sorria fácil nas arquibancadas, mas o adversário não era mais o mesmo.
A 2ª etapa trouxe Metropolitano continuando a esperar o adversário no seu campo e o adversário gostando do campo que lhe era oferecido. Lima, que já deve ter feito uns 1.000 gols só na gente, descontou e a ameaça se concretizou.
Maurinho ampliou, no único gol de contra-ataque do Metropolitano (que desperdiça demais este tipo de jogada). Com 5-1, a suposta reação adversária parecia de vez sepultada. Parecia.
Maurinho ampliou, no único gol de contra-ataque do Metropolitano (que desperdiça demais este tipo de jogada). Com 5-1, a suposta reação adversária parecia de vez sepultada. Parecia.
Aliado à postura defensiva, o cansaço prejudicou o time blumenauense. Quando atacado, corria atrasado atrás da bola. Quando a retomava, era lento demais. O Joinville, cujo time é muito bom tecnicamente, começou a gostar de ficar trocando passes e os últimos 20 minutos de partida foram iguais aos primeiros, só com as camisas invertidas.
As alterações do César Paulista surtiram pouco ou nenhum resultado. A única que deu certo foi a entrada do Pantico. Nena continua devendo e Júlio César entrou mal, no lugar de um Thiago Cristian que jogou pouco mas ao menos não estava mal.
Ao ver o Joinville passar pelo meio e entrar na defesa do Metropolitano numa facilidade assustadora, talvez tivesse sido melhor reforçar a marcação com algum volante/zagueiro de fôlego renovado, porque era claro que Erlando, Alex Albert e Andrei não davam conta de conter o adversário.
Enfim, o apito final do Paulo Henrique Bezerra foi um alívio daqueles. Seria absolutamente injustificável o Metropolitano ceder um empate, sem qualquer desculpa de erro arbitral ou jogador expulso.
O mais importante é que ganhamos 3 pontos na tabela. Mas, se é verdade que nas derrotas aprendem-se as lições, ontem tivemos a oportunidade de aprender com a vitória, pois a sensação no final do jogo, entre os torcedores, não era de vitória. Ao menos ontem, a última impressão é que ficou.FONTE:Mensageiro Alviverde
De torcedor para torcedor!