Metrô aposta na juventude do volante Andrei

O estilo atento e marcador com que o volante Andrei Girotto, 20 anos, busca proteger a defesa do Metropolitano passa a impressão de que ele sempre atuou nessa faixa do campo. Mas faz menos de um ano que o setor passou a ser a especialidade do atual camisa 7 do Verdão. Natural de Bento Gonçalves (RS), jogou nas categorias de base do Grêmio, de Porto Alegre, como meia armador. Chegou a ser atacante no time júnior do Metrô, onde aportou em 2009. Desde 2011, porém, assumiu o papel de segundo volante e passou a chamar a atenção por fundamentos como marcação e chegada ao ataque.

Andrei foi um dos destaques da base do Metropolitano no time que chegou às semifinais do Campeonato Catarinense de Juniores, em 2009. A equipe de Blumenau ¬esbarrou no Figueirense, mas a campanha lhe garantiu uma vaga no grupo profissional. Depois de ganhar experiência em duas temporadas, foi convidado pela então dupla forte da comissão técnica, Lio Evaristo e Cairo Lima, a recuar o posicionamento para compor o meio-campo. “Topei o desafio e me adaptei com facilidade. Já havia jogado no meio, só tive que aprimorar um pouco a preocupação com a marcação”, lembra.

Já na nova função, o volante fez um bom final de Copa Santa Catarina, mas não foi aproveitado na Série D do Brasileirão, em 2011. Ele não esconde o descontentamento e acredita que poderia ter ajudado. A eliminação na primeira fase deixou o Metrô sem calendário e Andrei foi emprestado ao Hercílio Luz, de Tubarão. Fez poucos jogos, mas viveu uma realidade diferente com a Divisão Especial. De volta ao Metrô, ganhou espaço desde a chegada do técnico César Paulista. “Ele conversa bastante comigo e me passa mais confiança. Isso ajuda muito”, reforça.

Oportunidade

O meio-campista disputou seis das sete partidas do Metropolitano em 2012 – não atuou contra o Marcílio Dias por estar suspenso. A sequência como titular é encarada por Andrei como oportunidade. “Estou tentando agarrar com unhas e dentes”, assegura. Experiente, o técnico César Paulista procura conversar bastante com os mais novos. “O Andrei era muito tímido, receoso. Tivemos que passar confiança. Ainda precisamos aprimorar alguns fundamentos, mas é um jogador que evoluiu bastante”, reconhece.

O volante mora com colegas de clube na Água Verde e, nas horas vagas, gosta de contar e ouvir histórias dos boleiros. O passatempo preferido não é diferente de outros jovens da mesma idade: a internet. Em campo, porém, a missão do volante é conectar os setores do time. Para isso, conta com a parceria do também experiente Alex Albert. “É meio caminho andado”, admite.

A ascensão ao time titular abre caminho para outros jovens revelados pelo Metropolitano. A formação de atletas, aliás, é tema em alta no clube desde o início da captação de R$ 1,5 milhão para investir nas categorias de base. Para o presidente do Metrô, Erivaldo Caetano Júnior, o tema é fundamental. “Time que quer crescer precisa pensar na base”, alerta. Atualmente, oito pratas da casa integram o grupo profissional: Lucas, Willian, Júnior, Paulinho, Danilo, Arthur, Douglas e o próprio Andrei.Fonte:Folha de Blumenau



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