Ele vive o Verdão

Vadinho, presidente do Metropolitano, une a liderança à paixão de um torcedor


As lágrimas derramadas e os abraços nos torcedores que foram a Ibirama, quarta-feira, revelam o perfil de Erivaldo Caetano Júnior, o Vadinho. Movido mais pelo coração do que pela razão, o presidente do Metrô não conteve o choro ao ouvir o apito final – que decretou a vitória verde por 3 a 2 – e ver a festa da torcida no Alto Vale.

Ele é assim. Vive o Verdão intensamente. Quem acompanha o dia a dia do clube vê no presidente a união da liderança necessária a um comandante à paixão de um torcedor de arquibancada. Durante a semana, está sempre junto da comissão técnica e dos jogadores. Dificilmente falta a um treino. Vai a todos os jogos com a camisa do time.

Essa semana, já conversou com a esposa Jaqueline e os filhos Bernardo, cinco anos, e Maria Eduarda, três, para ir a Chapecó, domingo.

– Ela (a esposa) que me perdoe, mas vai ter que me deixar ir – disse, empolgado, garantindo presença na decisão no Oeste nem que para isso fosse preciso uma crise conjugal.

E enquanto a bola rola, o lado torcedor de Vadinho se revela: sofre quando o time é pressionado, xinga erros da arbitragem, esbraveja com as falhas do time e, claro, comemora, e muito, quando a bola balança as redes adversárias.

Os movimentos são tão naturais, e ao mesmo tempo incomuns a um dirigente, que a torcida Raça Jovem Metropolitano tratou de reconhecê-los. Ao final dos jogos, é comum ouvir a organizada cantando: “eira, eira, o Vadinho é da caveira!”. E o comandante retribui, formando com as mãos o símbolo da torcida.

O futebol profissional ainda é novidade. Entre uma ligação e outra, o advogado administra os problemas do clube, do escritório e, vez por outra, da família. Sócio do Metropolitano desde 2007, no final do ano passado, ficou indignado ao ler no Santa reportagem que mostrava a falta de candidatos para suceder Edson Pedro da Silva. Foi então buscar entender a dinâmica do clube para enfrentar o desafio.

– Aquela reportagem me fez querer ser presidente – completou.

Estruturar o clube é a meta

Com os pés no chão, sabe onde quer chegar. Independente dos resultados em campo, Vadinho quer estruturar o clube. Vencida a burocracia, pretende anunciar a construção do Centro de Treinamentos.

Enquanto isso não ocorre, o foco volta-se para o staff administrativo. Com a chegada de novos parceiros e o aumento na receita, quer profissionalizar o clube:

– Esse é o legado que quero deixar.

PERFIL
- Nome: Erivaldo Caetano Júnior
- Apelido: Vadinho
- Idade: 43 anos
- Natural: Sombrio, Sul de Santa Catarina
- Casado, pai de Bernardo, cinco anos, e Maria Eduarda, três
- Formação: Técnico em Química e advogado
- Vida pública: comandou o Procon de Blumenau e a Secretaria de Estado da Casa Civil de SC
- Vai presidir o Metropolitano no biênio 2012-2013

Fonte:jornalsc

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