O Metropolitano entrou em campo ontem com duas alternativas de jogo: se retrancar, buscando explorar as brechas que o Figueirense daria ao se expor no ataque; ou, encarar o adversário de frente. Felizmente, César Paulista escolheu a segunda opção.
Digo felizmente pois quem assistiu ao jogo percebeu que o time tem sangue. O Metropolitano não foi acovardado. Se o Figueira, nos 90 minutos, foi melhor, o foi porque precisou jogar mais. E não foi melhor porque o adversário jogou menos.
Portanto, traçadas estas primeiras linhas acerca da boa postura em campo do Metrô, vamos à partida (a qual assisti na televisão).
Os primeiros 10 minutos foram marcados por um Metropolitano com bom volume de jogo. Time não entrou intimidado. A partida prometia ser muito interessante.
Mas, aí…
Me permitam abrir um parênteses. Já disse diversas vezes que o futebol é um esporte em que o andamento das coisas estão totalmente desapegadas do seu resultado. Estamos muito acostumados, na vida, a encarar que tudo é fruto do merecimento. E a esta relação damos o nome de justiça.
Mas no futebol isso não existe. Daí a ideia de que ele é injusto.
Não é injusto. A concepção é diferente. Pra mim, resultado injusto no futebol só existe um: aquele cuja arbitragem interferiu diretamente com algum erro. Como ontem.
E me sinto bem à vontade para dizer isso, pois na 1ª rodada, no Sesi, eu vi um Metropolitano melhor, mas que perdeu para um Brusque passivo por 0-1. E escrevi: “o resultado foi justo”. Ontem, não foi. Fechado o parênteses.
Mas aí… Um erro de passe infantil no meio de campo alviverde (acho que foi do Maurinho ou do Rafael Costa – aliás, ontem a dupla de ataque teve atuação sofrível), gerou o lance mais polêmico.
Figueirense toma a bola e parte pra cima da defesa. Sobra com Aloísio que, na cara do gol dribla Flávio, e quando vai arrematar na trave vazia escorrega e cai. O árbitro assinala pênalti. Da bola, creio…
Enfim, uma daquelas coisas que desanima quem acompanha o futebol e aceita os resultados, sejam eles quais forem, desde que naturais.
Os 10 minutos iniciais de um bom jogo foram comprometidos com o gol de Júlio César, que cobrou a penalidade. Dali em diante o Metropolitano caiu um pouco. Mesmo assim, não demorou para a reação aparecer num chute preciso de Rodrigo Ninja. O gol foi tão espetacular que o nome do lateral apareceu nos TTs do Brasil, no Twitter.
Figueira começa a pressionar e antes do intervalo consegue marcar o segundo. Cruzamento de Luiz Fernando, Rodrigo Ninja tenta cortar e faz contra. O narrador do PFC viu gol contra de Nequinha e o árbitro deu gol para Aloísio, que nem encostou na bola. Intervalo, Figueirense 2-1.
À propósito, no intervalo um repórter do PFC questionou Júlio César, atacante do Figueirense, sobre a arbitragem, e este respondeu: “Todos têm o direito de errar. Isso pode acontecer com qualquer um”. Detalhe: o repórter sequer mencionou o lance do pênalti. Não é preciso dizer mais nada…
No segundo tempo o Metrô manteve a atitude de propor seu jogo. Chegou a criar oportunidades, novamente com Rodrigo Ninja, com Júlio César e com os estreantes Pantico e Thiago Cristian. Este último (que entrou pedindo pra ser expulso) reclamou de um pênalti, mas não foi nada.
E aí, quando estávamos começando a rondar perigosamente a área do Figueirense, já causando alguns sustos, sofremos o terceiro gol. Partida fechada.
Em suma, foi uma derrota de cabeça erguida. Perder faz parte do jogo. E o Metropolitano foi derrotado olhando nos olhos do adversário, sem se esconder do jogo ou se acovardar porque do outro lado há um time de Série A, ou porque o jogo é na Capital do Estado.FONTE:Mensageiro Alviverde
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