Fim da 1a fase da Série D, fim de um capítulo. No próximo domingo o Metropolitano passa a viver mais uma etapa nesta trajetória que pode levá-lo à Série C. E o tipo de enfrentamento, neste momento, traz um diferencial.
A partir de agora, cada erro e cada acerto ganham grandes proporções. Se antes, na 1a fase, haviam 8 jogos, uma variedade de combinações de resultados e critérios de desempates que poderiam salvar uma, duas até três partidas abaixo da crítica, agora isso não é bem assim. O Metropolitano está na iminência de entrar naquilo que o brasileiro convencionou chamar de... mata-mata!
É... Agora não tem ajuda de outros resultados. Não tem essa de contar com a forcinha de um jogo paralelo para classificar. A partir de agora o Metropolitano segue sozinho. É ele ou o adversário, que neste caso é o Mogi Mirim.
Há clubes que alcançaram notoriedade neste tipo de formato de competição. São os chamados "times copeiros". Aqueles que, mesmo com uma equipe reconhecidamente inferior, batem adversários como se tivessem uma aura gladiadora.
Você, torcedor, lembra de como o Metropolitano costumou se sair nestas horas de "mata-mata"? Você lembra quando foi(ram) o(s) último(s) mata-mata(s) disputados pelo Metrô?
Pois fiz um levantamento e a memória é terrível...
Foram nove vezes que o Metropolitano se viu duelando diretamente contra seus adversários. Em (míseras) duas vezes saiu vencedor. Nas outras sete, saiu derrotado/eliminado.
A grande maioria (sete) foi ainda no início de sua vida, nos dois primeiros anos. Os mais recentes, de 2009 para cá. Eis a lista:
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2002 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Quartas-de-finais do Turno - OK
Metropolitano 6-1 Fraiburgo / Fraiburgo 1-1 Metropolitano: No primeiro jogo, em Blumenau, goleamos impiedosamente o Fraiburgo. Mas de nada adiantaria caso perdêssemos só por 1-0, pois o saldo de gols não contava como desempate. E perdíamos por 1-0 até 40 do segundo tempo, quando o zagueirão Ronaldo Marezzi empatou para o Metrô de pênalti. Rumo às semifinais do Turno.
2002 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Semifinais do Turno - KO
Metropolitano 1-1 Kindermann / Kindermann 1-0 Metropolitano: Após eliminar o Fraiburgo, encaramos o forte time do Kindermann (que acabou campeão daquele Turno). Não passamos de um empate em Blumenau e fomos derrotados em Caçador. Metrô eliminado do Turno.
2002 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Quartas-de-finais do Returno - KO
Brusque 2-1 Metropolitano / Metropolitano 1-1 Brusque: Terminamos a 1a fase na liderança do Grupo. Assim, jogaríamos com a "vantagem" de decidir todos "mata-matas" do Returno em casa. De cara enfrentamos o Brusque, que por pouco não tinha sido eliminado. Perdemos no Augusto Bauer e no Sesi vencíamos até os 45 do segundo tempo, quando tomamos o empate e o Metropolitano foi eliminado não só do Returno como da 2a Divisão.
2003 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Quartas-de-finais do Turno - KO
Metropolitano 3-6 São Bento / São Bento 0-1 Metropolitano (1-0): O Metrô enfrentou o São Bento de Itamar Schulle, até então sensação da Segundona. Num jogo em que aconteceu de tudo (inclusive um dilúvio no gramado do Sesi), o Metropolitano saiu goleado. Mas, naquele regulamento que saldo de gols não influi no desempate, bastaria uma vitória simples no Norte do Estado para levar o jogo à prorrogação. E foi assim. O Metrô venceu no tempo normal por 1-0, mas perdeu na prorrogação pelo mesmo placar. Eliminado do Turno.
2003 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Quartas-de-finais do Returno - OK
Camponovense 1-2 Metropolitano / Metropolitano 1-2 Camponovense (0-0): Após boa campanha na 1a fase do Returno, o time entrou nos mata-matas com aquela "vantagem" de decidir em casa (como em 2002). Venceu o adversário em Campos Novos e na volta foi derrotado. Na prorrogação o Metrô segurou o empate e classificou às semifinais no susto.
2003 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Semifinais do Returno - KO
União 2-1 Metropolitano / Metropolitano 0-0 União: Eliminada a Camponovense, o Metrô topou com um adversário que sempre lhe criava problemas. Em Timbó, num jogo com discutível arbitragem de Luiz Orlando de Souza, o União venceu por 2-1. No jogo da volta no Sesi, o Metropolitano não conseguiu sair do empate. Fora do Returno, mas ainda não da competição, pois no índice técnico o Metrô havia se classificado para as semifinais da competição (e garantido vaga na Série A2 de 2004).
2003 - Campeonato Catarinense da 2a Divisão - Semifinais - KO
Metropolitano 0-0 União / União 1-0 Metropolitano: Mesmo já classificado para a Série A2, o Metrô estava de olho no título da Segundona, que lhe colocaria na 1a Divisão do Catarinense já em 2004. Mas nas semifinais estava a touca: o União de Timbó. No Sesi o Metrô não saiu (de novo) do 0-0. Em Timbó, num domingo, fomos derrotados por 1-0. O União depois foi derrotado na final pelo Guarani da Palhoça, que subiu para a 1a Divisão do Catarinense em 2004 e foi uma das sensações da competição. Faço aqui um registro: foi na véspera daquela derrota por 1-0 em Timbó que o hino "Meu Verdão!" foi composto.
2009 - Copa Santa Catarina - Finais - KO
Metropolitano 0-2 Joinville / Joinville 1-0 Metropolitano: O Metropolitano de Roberval Davino finalmente decidia um título oficial. Do outro lado, um Joinville em franco crescimento, estrelado pelo goleador Lima. O Metrô não conseguiu ser páreo e terminou com o vice.
2010 - Campeonato Brasileiro da Série D - Oitavas-de-finais - KO
Operário-PR 1-0 Metropolitano / Metropolitano 2-3 Operário-PR: Primeiro mata-mata interestadual do Metrô, que liderou o seu Grupo na 1a fase daquela Série D (como neste ano). O time comandado por Mauro Ovelha tinha tudo para reverter a derrota sofrida em Ponta Grossa/PR, mas quando começou levando 1-0, 2-0 em casa, o time se abateu. Metropolitano eliminado.
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Eu espero que esta história de fracassos em confrontos eliminatórios termine a partir do próximo domingo.
Alex Albert (em 2003), Nequinha (em 2009 e 2010) e Thiago Couto (em 2010) são os jogadores do atual elenco que estavam neste histórico de confrontos eliminatórios. Hoje, são 3 titulares incontestáveis da equipe.
Que em cima da experiência destes atletas que conhecem muito bem o clube o Metropolitano possa criar no time uma mentalidade vencedora.
Agora, dentro da Série D, o Metropolitano joga só por ele.
O Metropolitano não está, nunca estará sozinho.
Mas depende só dele.
Nós, torcedores, também. Fonte:clicrbs/MeuVerdão
De torcedor para torcedor!