Santa Catarina é um território que o goleiro Flávio Roberto Kretzer conhece muito bem. O arqueiro fez as primeiras defesas nos campos da cidade natal de Antônio Carlos, na Grande Florianópolis. Em 1999, começou a carreira profissional no Avaí. Lá permaneceu até 2003, quando partiu para passagens de sucesso em outros estados. Hoje com 33 anos – 13 de futebol profissional –, Flávio volta a se destacar no cenário catarinense pelo desempenho à frente do gol do Metropolitano.
Após a primeira rodada do returno do Estadual, Flávio era o quarto goleiro menos vazado do Catarinense, com 14 gols sofridos em 10 jogos (média de 1,4 por partida). À frente dele, apenas Nivaldo, da Chapecoense (9), Moretto, do Avaí (10) e Wilson, do Figueirense (12). Contra o Brusque, Flávio falhou no único gol adversário. Mas uma rodada antes, destacou-se na vitória do Metrô sobre o Avaí, por 1 a 0. De volta à Ressacada, Flávio assegurou o resultado, além de ganhar vaga na seleção da rodada e elogios da imprensa da Capital. “Espero poder seguir colaborando”, ressalta.
Ao contrário da maioria dos goleiros, Flávio não faz questão de muita gente no sistema defensivo. Para ele, é possível ter proteção sólida sem optar pela retranca. A qualidade com a bola nos pés, aliás, é apontada pelo goleiro como um grande diferencial do time deste ano. “Alguns times até se defendem bem, mas quando têm a bola não conseguem jogar. No nosso caso, não. Conseguimos marcar com eficiência e, quando recuperamos a posse de bola, criamos bastante”, avalia.
No Metrô desde novembro de 2010, Flávio garante já se sentir em casa em Blumenau. Ele mora com a esposa e o filho de um ano e meio no Bairro Victor Konder. Nas horas vagas, gosta de ir ao shopping e levar a família no Parque Ramiro Ruediger. “A estrutura no clube também é muito boa. O mês tem 30 dias e eles oferecem todas as condições para trabalhar”, elogia o goleiro, que tem contrato até maio.
Momento positivo
Além do bom início de carreira no Avaí e de passagens de destaque pelo futebol pernambucano, no Sport e no Santa Cruz, Flávio atuou por três temporadas no São Paulo. No clube paulista, era companheiro de posição de Bosco e Rogério Ceni. Esteve no grupo até o final de 2005, quando fez parte do grupo campeão mundial no Japão. “Foi uma experiência maravilhosa”, conta.
Apesar da bonança deste ano, Flávio passou por maus bocados em 2011. Depois de fazer bom primeiro turno, quando tomou 12 gols, o goleiro teve problema de cálculo na vesícula, precisou ser operado e ficou afastado até julho. “Foi um período difícil. Meu filho teve o mesmo problema e ficou internado junto comigo. Graças a Deus tudo saiu bem. Neste ano estou podendo mostrar mais meu trabalho”, destaca.Fonte:Folha De Blumenau
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