Clubes com a realidade do Metropolitano pagam um preço caro na tentativa de alcançarem sua autonomia. Têm poucos recursos e um calendário quase sempre irregular. O ano inicia com o Estadual – normalmente atrativo – que não passa de maio, na melhor das hipóteses. Depois, se obteve algum sucesso, deve se preparar para as divisões mais obscuras do Campeonato Brasileiro, onde quem não faz milagre tem vida curta. Manter a mobilização e as finanças em dia neste período se assemelha a um dos 12 trabalhos de Hércules.
Por isso, o mês de novembro agitou bastante os entornos do Metropolitano. As eleições em outubro indicaram um novo presidente. O colega advogado Erivaldo Caetano Nunes Júnior é jovem e, apenas por ter colocado seu nome à disposição, já comprova ter coragem de tomar a frente de um clube que parece ter que pagar pecados (os seus e os que não são seus).
Em suas entrevistas iniciais, levantou uma de suas bandeiras: popularizar o Metropolitano. A necessidade desta ação coincide com a sobrevivência de um clube com sua realidade. Ser popular, por si só, não garante vitórias, títulos e, sequer, sua continuidade. Mas mobiliza e atrai pessoas que despertam interesse no clube.
Já pude observar que duas medidas foram ao encontro da pretendida popularização: a escolha do Olímpico como ‘sede’ das atividades esportivas do elenco e a contratação de César Paulista como treinador.
Trazer o time para dentro do Centro da cidade permite que o Metropolitano fique mais acessível, mais próximo dos blumenauenses. Para muitos, ainda, o clube é visto com distância. Só se acompanha o Metrô pela televisão e em jornais, ou em dia de jogos – e como o calendário não é farto, a relação não esquenta. Ou seja, nem parece um time da casa.
O retorno de César Paulista chama mais ainda o torcedor. É um nome conhecido, até reverenciado na cidade. Um profissional que conhece futebol e conhece Blumenau. Sabe o que o blumenauense quer e espera.
A quarta passagem de César pelo Metropolitano difere das demais. Não está chegando para salvar o time de alguma fase ruim, ou completar o trabalho de outro. César, desta vez, não chega com status de “interino que pode ficar se der certo”. César Paulista foi escolhido para ser o treinador do Metropolitano em 2012.
Assim, notamos que as primeiras ações do clube encontram sintonia com as declarações iniciais do novo presidente. Se haverá sucesso, saberemos mais tarde. Para tanto, se faz necessário outro elemento mais significativo do que local para treinamento ou treinador: resultados dentro de campo. Se eles vêm, os erros desaparecem num passe de mágica. Se não vêm, até as coisas certas parecerão erradas. É o fiel da balança.
Boa sorte ao Vadinho, ao César Paulista e que o Metropolitano esteja iluminado na hora mais decisiva: a de formar o elenco para 2012.FONTE:Mensageiro Alviverde
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