“Metrô será popular”

Entrevista: Erivaldo Caetano Júnior, presidente do Metropolitano



O advogado Erivaldo Caetano Júnior, que completará 43 anos na próxima semana, também conhecido como Vadinho, assumiu na noite de segunda-feira o cargo de presidente do Metropolitano. Pelos próximos dois anos, ele será o comandante da única equipe profissional em atividade em Blumenau. Um dia após ter sido eleito em assembleia, Caetano concedeu entrevista ao Santa e falou sobre os planos para o clube durante a gestão, visando o Catarinense 2012.



Jornal de Santa Catarina - O senhor começa um trabalho rodeado de muita expectativa. Quais são as ações que pretende colocar logo em prática?
Erivaldo Caetano Júnior - Antes, eu não pensava em assumir como presidente, pois precisaria de mais experiência para isso. Porém, fui me inteirando das coisas e percebi que tinha condições de atuar na função. Todos falam de empresários e recursos para ajudar o Metropolitano, mas isso é uma sequência. Penso que temos que fazer o caminho inverso. Se colocarmos mais 500 sócios e tivermos um público com 5 mil pessoas em um jogo de abertura de campeonato, os empresários vão ver e pensar que o clube é o local certo para investir.

Santa - E como se chega lá?
Erivaldo - Tenho uma ideia de iniciar um trabalho para criar núcleos do Metropolitano nos bairros de Blumenau. Teríamos presidente do Metrô, por exemplo, na Vila Itoupava. Seria a pessoa que nos ajudaria para dar dicas sobre a estrutura do clube, jogadores e também nos indicaria empresas dispostas a investir na equipe. Quero trazer a comunidade para dentro do estádio. Quero ver famílias indo aos jogos. Minha primeira bandeira é que o Metropolitano será popular.

Santa - Há possibilidade de tornar o clube regional?

Erivaldo - É uma das propostas do nosso vice-presidente, Sérgio Pöpper. Já entrei em contato com amigos de Pomerode, Indaial e Timbó, além de Gaspar que também devo procurar. Poderemos ter também nessas cidades uma espécie de presidente do Metropolitano. Alguém que vai nos chamar para ver jovens garotos com talento que possam jogar no clube. Vamos nos aproximar dessas cidades porque o Metropolitano é o time da região.

Santa - O senhor pretende focar o trabalho nas categorias de base?
Erivaldo - Não existe futebol profissional sem categoria de base. Esse será o trabalho que pretendo implantar. Junto ao que já foi feito, tentaremos implantar e melhorar essa situação. Temos grandes exemplos onde os grandes craques surgiram da base, como é o caso de Neymar e Ronaldinho Gaúcho.

Santa - Quando começa a temporada 2012 do Metropolitano?
Erivaldo - O departamento de futebol tinha previamente planejado para 15 de novembro. Como estou assumindo agora, estou tratando com eles para começar dia 21. Isso é para que eu possa me inteirar mais e definir comissão técnica, questão de orçamento e ver o time que conseguiremos montar.

Santa - Na hora de definir técnico e jogadores, o senhor pretende estar junto?
Erivaldo - Estarei sempre junto, mas a palavra final será técnica. Para decidir questões de escolha de elenco e treinador têm que ser pessoas que conheçam. É claro que vou supervisionar e estaremos juntos para auxiliar. Por incrível que pareça, devo ter recebido mais de 10 ligações hoje (ontem) de amigos e desconhecidos querendo me indicar atletas e treinadores.

Santa - Recentemente, empresários de Blumenau se uniram para buscar apoio ao clube. O senhor vai manter esse projeto?
Erivaldo - Desde ontem, recebi ligações do presidente Acib, Ronaldo Baumgarten Júnior, do presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes, e de presidentes de órgãos que eu nem imaginava que existissem. Todos manifestaram apoio ao clube. Estou marcando reuniões individuais para saber com o que eles podem ajudar. Temos que sair da teoria. É indispensável o apoio dos empresários.

Santa - No próximo ano o Metrô completa 10 anos. Será feito algo especial?
Erivaldo - Com referência à equipe, será com caráter técnico e depende do fluxo de caixa. Sei que há uma programação especial para os 10 anos. Porém, queremos comemorar com uma conquista, que pode ser de turno.

Santa - Não havia na reunião de segunda-feira torcedores envolvidos no processo de eleição. O senhor também sentiu?
Erivaldo - Senti. E foi com base nesse sentimento que a minha bandeira é de que temos de aproximar o torcedor. Quero conversar com as torcidas organizadas para saber o que o torcedor precisa e pensa.

Santa - O Sesi continua sendo a casa do Metrô?
Erivaldo - No curto prazo não tem como não ser. Existem vários projetos e alguns muito interessantes para o clube. Mas agora continuamos no Sesi.FONTE:Jornal SC


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