Vamos falar sobre o escudo do Metropolitano, que já teve quatro versões nesta década de história.
Foi com este símbolo que o Metropolitano nasceu. Houve uma outra versão, estampada em alguns dos primeiros uniformes, na qual as listras atrás da torre da Matriz são vermelhas, as letras CAM em verde e seu fundo em branco. Porém, nos documentos oficiais e nos uniformes produzidos posteriormente, esta versão ao lado acabou consolidada. O porquê da outra versão, desconheço. As pessoas com quem conversei a respeito nunca souberam explicar. Confesso que não gostei muito quando vi este escudo pela primeira vez. Hoje, ao revê-lo, até bate uma nostalgia daquela época, mas só isso. Embora compreenda a razão de seus traços (torre da Matriz lembrando Blumenau, o vermelho e o amarelo se referindo à bandeira municipal), nunca gostei muito dele. Foi utilizado apenas no ano de 2002.
Em 2003, com o estabelecimento de novas parcerias – como a KuniyW no aspecto esportivo e a KryoHunter no marketing – houve uma reformulação nos elementos de visibilidade do clube. Dentre os quais, óbvio, o escudo. Na época eu achei que o escudo havia melhorado em relação ao anterior. Mas, pro meu gosto, continuava aquém do que esperava. Lá continuavam a torre da Matriz, a bola de futebol, com as iniciais CAM em outro formato, e as listras vermelhas e brancas em menção à bandeira de Blumenau. Porém, o acho muito ‘pesado’, complexo, colorido demais. O Metropolitano tem apenas duas cores oficiais: verde e branca. Este escudo contém muitas cores ‘estranhas’. Utilizado em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, foi com ele que o Metropolitano começou a ser conhecido em Santa Catarina.
No segundo semestre de 2007, após retornar de sua excursão à Europa, o clube passou por outra profunda reformulação administrativa. Como marco de esta nova era, o escudo foi redesenhado. À frente deste processo, a agência Free, que criou o escudo ao lado. As listras alviverdes presentes como na edição de 2002, as iniciais CAM, e o vermelho blumenauense restrito a dois traços que querem também se referir à paisagem do Vale do Itajaí. Quando apresentado a este símbolo, tive duas sensações: boa porque finalmente o escudo era alviverde como o clube, e ruim porque lembra demais o da Juventus, de Turim. Se este melhorava no contraste verde/branco, piorava no quesito originalidade. Foi utilizado apenas durante 2008. Porque?
Porque em matéria esportiva, o “CAM” já estava registrado em nome do Atlético-MG, cujo escudo contém a mesma expressão. Daí a necessidade de substituir as iniciais pelo “Metropolitano”. Na nova formatação, em face do nome mais extenso, o escudo “engordou” um pouquinho. Esta versão, como a anterior, recebeu algumas críticas dos torcedores por ter abolido a torre da Matriz, principalmente. Eu, pessoalmente, fui mais crítico em relação à extrema semelhança ao emblema da Juventus – embora entenda que no futebol prevalecem certos padrões. Mas hoje, 3 anos depois, nem lembro mais que são semelhantes. Está sendo utilizado desde 2009.
Gosto é algo muito pessoal e é complicado alguém dizer que tal gosto é certo ou errado. Pra mim, esta última versão é a melhor das quatro. Se não é original internacionalmente, o é na esfera catarinense – realidade do Metropolitano até aqui.
Um adendo a respeito de estrelas representativas de títulos. Houve quem defendesse a ideia do Metropolitano ostentar sobre seu escudo uma estrela em razão do título obtido na Áustria, em comemoração ao centenário do Lustenau. Sempre me posicionei contrariamente. Seja pelo fato de não gostar de estrelas sobre escudos – procedimento extremamente banalizado no Brasil – seja pelo fato deste título em si não ter caráter oficial.
Mas o tema está aí, e minha opinião também. Quem quiser contribuir com a sua, o blog está à disposição.FONTE:http://mensageiroalviverde.wordpress.com/
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