Como perder um jogo em 45 minutos


Metropolitano leva virada incrível do Juventude quando vencia por 2 a 0


Pode um mesmo time ter, em um único jogo, uma atuação dividida entre a quase perfeição e um vexame inacreditável? Pode, e o Metropolitano provou isso sábado, na segunda derrota seguida da equipe na Série D.


È até  difícil acreditar que se trata do mesmo time. No intervalo, o Verdão foi para o vestiário após uma atuação impecável, vencendo o Juventude por 2 a 0 em pleno Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS). Os dois gols foram do artilheiro Jonatas.


Infelizmente, havia a etapa final. E como na derrota de virada para o Cianorte (PR), semana passada, no Sesi, o time de Blumenau desapareceu inexplicavelmente de campo. Resultado, assistiu ao time gaúcho, na raça, mudar o placar para 4 a 2 e complicar demais a situação do Metrô no Grupo 8 da Série D do Brasileiro.

Com a segunda derrota seguida, o Metropolitano estacionou nos seis pontos, em terceiro lugar. O Juventude chegou aos nove e encostou no líder Cianorte, que tem 10. Semana que vem, o Metrô vai ao interior do Paraná jogar as últimas fichas contra o líder, enquanto o Juventude voltará a atuar em casa, diante do lanterna Cruzeiro (RS).

Até o cenário do jogo dava pistas de que coisas incomuns estavam por acontecer. A partida começou com sol e até calor, mas aos poucos a tradicional bruma da Serra Gaúcha foi baixando no estádio e trazendo o frio. A mudança de clima deve ter feito mal ao Metrô, que até então anulava a pressão do Juventude com uma atuação segura do goleiro Flávio e do setor defensivo. E nos contra-ataques o time foi mortal. Aos 30, Valdeir fez grande jogada e lançou Jonatas, em posição duvidosa, que tocou na saída do goleiro. Já com a torcida vaiando o time da casa, Jonatas outra vez, aos 41, marcou o quinto dele na competição.

Jogo mudou de cara depois do intervalo

O intervalo mostrava um Metropolitano tranquilo e um Juventude sob enorme pressão. Precisando de um milagre, o técnico Picolli colocou em campo o argentino Nico Martinez, e ele começou a mudar a cara do jogo. Foi dele o passe para Zulu (ex-Metrô), diminuir o prejuízo aos 9 minutos. Recuado e nem sombra do time do 1º tempo, o Metrô viu o próprio Martinez aproveitar uma bobeira da zaga e empatar aos 32.

A esta altura a partida não lembrava em nada os primeiros 45 minutos. A torcida agora inflamava o Juventude em busca da virada. Faltava o meia Cristiano, que ainda pertence ao Metropolitano (está emprestado) aparecer. E foi ele o responsável pelo delírio no Jaconi. Virou o placar aos 41 e ainda marcou o quarto, já aos 45. E, como havia prometido, comemorou muito.
O técnico Lio Evaristo preferiu apenas elogiar a reação adversária e dizer que o Metrô segue na briga.´FONTE:Jornal SC


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