Se na segunda-feira todos nós conversamos e discutimos o desempenho do Metropolitano no domingo, é na terça que a semana começa mesmo, quando voltamos nossos olhos para o próximo jogo. Por isso, hoje já foi possível ouvir por aí aquele que promete ser o assunto da semana: o público no Sesi.
Muito se falou nas últimas semanas sobre a média dos pagantes nesta Série D estar tão aquém do que se imaginava. Só é preciso lembrar que, desde 2005, quando o Metropolitano estreou na 1a Divisão do Catarinense, sempre o público das competições seguintes do ano (Série A2, Copa SC, Série C, Série D, não importa) é inferior. Eu disse sempre.
Ou seja, 2012 não é um ano isolado. Não é exceção. Não é a temporada-ovelha-negra da história do clube. Segue a regra de 2011, 2010, 2009, 2008... O blumenauense, como qualquer outro brasileiro que vive numa cidade distante dos grandes centros, está mais ligado na Série A. Mas enfim, não era exatamente sobre isso que eu queria escrever.
O futebol profissional trabalha em cima de várias verdades e uma delas, por mais antipática que possa parecer, diz: clube não pode depender de renda/público para se manter. Tampouco justificar eventual falta de crescimento porque o torcedor não comparece na arquibancada. Há inúmeros exemplos disso. Clubes como América-MG, Portuguesa, São Caetano, Barueri etc saíram de divisões parecidas onde o Metropolitano se encontra e, com um público médio também parecido com o nosso, chegaram à Série A.
É muito bom ver estádio lotado. Certamente o ânimo dos torcedores contribui na atitude dos times em campo, o que, por vezes, pode decidir um jogo. Sem dúvida, estádio cheio é sinônimo de espetáculo. Mas não podemos instalar crises, muitas vezes transformando um punhado de más rendas numa sentença definitiva de que Blumenau não nasceu para futebol, por exemplo. Calma lá!
Acho válida toda e qualquer iniciativa no sentido de chamar o torcedor ao Sesi. Só não concordo com o tom dramático que a coisa alcança, às vezes. Sei lá, em alguns momentos eu tenho a impressão que os números da renda e do público são mais importantes do que os números do placar do jogo.
Portanto, vamos nos mobilizar para uma linda festa no Sesi, sim! Que os 1.500 fiéis nesta Série D voltem e que somem a eles outros 1.500, 2.000, 3.000... não importa! Ou importa, ok, mas não a ponto do tema monopolizar as conversas em torno dos jogos do Metropolitano.
Por isso, se der 4.000 pessoas no Sesi domingo, ótimo! Se der 3.000, legal! Se der os mesmos 1.500 ou menos, paciência! O que mais importa é ver os presentes, sejam quantos forem, torcendo juntos e assistindo o Metropolitano lutar por uma vaga na "final" do acesso à Série C!
Pela campanha do time, pelo trabalho da diretoria e pelos resultados até aqui, azar de quem não foi até agora. Não sabem o que perderam. Fonte:Clicrbs/Meuverdão
De torcedor para torcedor!